Nas duas últimas décadas, houve um aumento de evidências que sugerem mudanças neurais após os ajustes quiropráticos na coluna vertebral. Abaixo serão citados artigos que comprovam a neuroplasticidade.
A quiropraxia foi usada como meio para induzir aumento ou diminuição metabólica em áreas específicas do cérebro. A análise mostrou aumento do metabolismo de glicose no córtex pré-frontal inferior (BA47), córtex cingulado anterior (BA32) e no giro temporal médio (BA21), enquanto a diminuição pode ser observada no vermis cerebelar e no córtex de associação visual.
Essas mudanças cerebrais, através dos ajustes, resultam em um relaxamento do sistema simpático, reduzindo o tônus muscular e diminuindo a intensidade da dor.
A partir desse estudo foram usados os resultados da ressonância magnética para investigar as mudanças imediatas na conectividade funcional entre as regiões do cérebro após a manipulação/ajustes quiropráticos, mobilização espinhal (grau 3) e toque terapêutico (baixa pressão). Com todas as terapias manuais, houve mudanças nas conexões entre o córtex cingulado posterior esquerdo e o córtex insular anterior esquerdo, o córtex insular posterior esquerdo e cinza periaquedactal, e o córtex sensorial primário esquerdo e córtex insular posterior direito.
Os resultados sugerem que as alterações neurofisiológicas podem ser um mecanismo subjacente de alívio da dor.
Utilizando técnicas como a estimulação magnética transcraniana e potenciais somatossensoriais estimulados por eletroencefalograma, foi sugerido que as alterações neuroplásticas do cérebro ocorrem em estruturas como o córtex sensorial primário, córtex motor primário, córtex pré-frontal, gânglios basais e cerebelo. O teste eletrodiagnóstico mostrou que, após uma única sessão de manipulação espinhal de segmentos disfuncionais em pacientes com dor subclínica, o processamento somatossensorial altera à nível cortical, particularmente dentro do córtex pré-frontal.
O objetivo desse estudo foi investigar se a manipulação/ajuste quiroprático na coluna cervical estava associada a mudanças na função cerebral. Esse estudo usou mapas visuais de ponto cego para medir os resultados pré e pós tratamento.
O estudo apresentou mudanças nesses campos visuais após o ajuste/manipulação como uma consequência presumida de alterações na função cerebral.
- Daubeny N, et al. Effects of contralateral extremity manipulation on brain function. International journal on Disability and Human Development. 9(4). 2010.
Estudos anteriores mostraram que o ponto cego visual muda após um ajuste/manipulação quiroprático, bem como a acupuntura. Esse estudo investigou o efeito que o ajuste em uma articulação da extremidade superior possui no ponto cego visual como um resultado presumido de mudanças na função cerebral.
O resultado mostrou que após o ajuste/manipulação da extremidade superior, tiveram mudanças na visualização de pontos cegos, provavelmente devido a alterações na função cerebral.